Em meados de 1999, tive um tremendo ataque de pânico. Até aquele dia, o mundo subjetivo e o entendimento do meu emocional andavam do outro lado do oceano.
Cheio de preocupações, fui tentar relaxar no clube. Decidi parar em frente à barbearia. Na porta do local, a mistura do barulho das maquininhas de corte de cabelo com as imagens das pessoas nos espelhos fez minhas pernas bambarem; pensei que iria morrer. Meu coração disparou, como se estivesse no final de uma maratona. Procurei uma cadeira, sentei, me ofereceram água, e segui pelos corredores do clube, sem destino.
Meses depois, defronte ao meu psicanalista, relembrei do ocorrido; mas não tive coragem de contar ao profissional. Só após dois anos.
Somos complicados. Nossas emoções, nem fale…
“Principais sintomas da Síndrome do Pânico
Se você desconfia que possa ter Transtorno do Pânico, fique atento a alguns sinais e sintomas:
- Aceleração dos batimentos cardíacos;
- Pressão ou dor no peito;
- Respiração ofegante;
- Falta de ar;
- Tontura;
- Náusea e/ou vômito;
- Suor frio;
- Formigamento e tremores;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Pernas bambas.
Como os ataques geram intenso sofrimento psíquico aliado a modificações de comportamento em decorrência do medo da ocorrência de novos ataques, muitas pessoas procuram emergências médicas durante uma crise por acreditar que os sintomas são causados por fatores orgânicos. Fato este que torna necessário uma investigação profunda, realizando exames físicos e psíquicos para diagnosticar a síndrome.”[1]
[1] Site Boa Consulta