“Há quem a chame de ‘piedade’, ‘empatia’ ou ‘comiseração’.
Compaixão é o pesar que sentimos pelo infortúnio de alguém.
O que a compaixão nos motiva a fazer?
Ela nos motiva a ajudar quem está sofrendo, seja um parente ou um desconhecido.
Pode ser despertada até mesmo por um personagem fictício, como uma raposa que perdeu toda a família. A compaixão provoca em nós o desejo de abraçar o outro e aliviar sua tristeza.
Se alguém está se sentindo triste e não o ajudamos, é muito provável que entremos no território do remorso.” Emocionário — Editora Sextante
A mão decepada e Judith
Parte I
Pedro era torneiro mecânico. De verdade, sua experiência de mais de trinta anos no chão de fábrica poderia torná-lo, tranquilamente, um mecânico geral, inclusive com dotes de eletricista. Suas mãos montavam com facilidade um quadro de luz, por mais complexo que fosse. Por sorte, Pedro teve no seu segundo emprego um patrão visionário, uma pessoa preocupada com a formação técnica dos seus empregados. Com isso, o sábio comandante, patrocinava a seus colaboradores cursos dos mais variados, pagos pela empresa.
No entanto, por infelicidade e não displicência, a mão direita de Pedro foi decepada na máquina de cortar chapas. Com a dor, o pobre homem desmaiou. O gerente geral foi rápido e hábil: embora a mão do acidentado se foi para sempre, ele salvou sua vida.
Depois de seis meses afastado, Pedro voltou à empresa.
Judith, uma mocinha de dezoito anos, que trabalhava na expedição de mercadorias, foi a primeira a saudar Pedro, dando boas vindas.
Continua…